“Professor Paulo Henrique dos Santos Lucon: Ricardo, eu vou passar a palavra a você, para você fazer a apresentação do Dr. Hugo, porque você é o nosso representante senior aqui do Ministério Público, então você poderia fazer a apresentação do Dr. Hugo e aqui renovar os meus agradecimentos, Dr. Hugo. Muito obrigado. Será uma lição para todos nós aqui.
Professor Ricardo de Barros Leonel: Claro, com certeza, Paulo. Eu agradeço pela oportunidade, Paulo, que você me dá de apresentar o Professor Hugo Nigro Mazzilli, porque é também uma oportunidade para homenageá-lo. E ele, no meu modo de ver — e não é apenas o meu modo de ver — eu apenas verbalizo o testemunho dos muitos anos pelos quais ele trilhou o caminho dele no Ministério Público e também na docência, — ele deve ser homenageado. Embora ele tenha relatado: ‘olha, no começo da carreira eu trabalhei num escritório de advocacia’, eu sempre acompanhei e, além de ter estudado o processo coletivo pelas mãos do Professor Hugo Mazzilli, pelos livros e pelos artigos dele, sempre tive a atenção em reconhecer nele um modelo de profissional, de Promotor de Justiça e de jurista, e também de professor, e sei que ele ingressou muito cedo no Ministério Público, e foi realmente um profissional que teve uma atuação exemplar, sempre voltando a sua atenção para executar bem as suas missões, e atuar como um pensador. Não se limitou, embora sempre tenha tido esse interesse pelo processo civil e pela tutela coletiva, ele não se limitou a esse campo de atuação. São incontáveis os livros, os artigos, os estudos, as propostas legislativas, de cuja elaboração o Professor Hugo Nigro Mazzilli participou, não apenas no campo do processo civil, da tutela coletiva, mas também sempre com uma atenção muito grande na construção da arquitetura, do perfil atual da instituição do Ministério Público; também no campo do processo penal, e também em outros segmentos do Direito e do funcionamento da Justiça. Agora, a característica fundamental, e eu até informalmente já dei meu testemunho aqui, é falar do Professor Hugo Nigro Mazzilli como professor e como pessoa, porque tem uma característica que, para mim, distingue muito bem uma pessoa especial. Além de ser um sujeito extremamente humilde, ele é um sujeito que tem um prazer de compartilhar a sua experiência e o seu conhecimento. Quem teve oportunidade de assistir exposições, acompanhar cursos ministrados pelo Professor Hugo Mazzilli percebe que ele age desse modo porque faz aquilo que gosta e trabalha com amor àquilo que faz. Então é uma oportunidade especial, nós ficamos muito gratos, eu me sinto muito feliz de ter a graça — do poder superior a todos nós aqui — de estar presente nesta oportunidade no Grupo de Estudos de Processo Coletivo da Fundação Arcadas, que eu tenho a satisfação, junto com o Professor Dr. Paulo Lucon, de coordenar, e com a ajuda também dos nossos colegas da Pós-Graduação — do Alexandre Magalhães, do Felipe Bragantini, do Marcos Lorencini, do Bernardo Carrara, do Caio e de alguns outros colegas que nos ajudam. É uma oportunidade singular ter o Professor Hugo Nigro Mazzilli conosco, e eu tenho a certeza de que esta vai ser uma sessão de muito aprendizado para todos nós. Então, sem pretender me estender aqui nos cumprimentos — é apenas algo absolutamente necessário, embora fosse dispensável qualquer apresentação do Professor Hugo Mazzilli — eu passo a palavra ao Professor Hugo Mazzilli para a sua exposição pelo tempo que entender pertinente. Nós temos combinado aqui, Professor Hugo, em torno de 30 a 40 minutos, mas sempre a critério do professor, e depois para termos a oportunidade de debates, porque nessa turma desse Grupo de Estudos, nós temos colegas de todo o Brasil, o que é algo que o sistema de videoconferência hoje propicia, temos juízes, promotores aqui de São Paulo, temos procuradores da República, temos advogados de várias áreas de atuação, defensores, juízes de Direito, também, vários juízes… Então, tem sido uma oportunidade de debate muito importante. Eu passo a palavra ao Professor Hugo para sua exposição, agradecendo de modo efusivo a sua presença.”
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